quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Nada é ficção neste momento

Eu nem mesmo queria falar 
O silêncio já estava de bom tamanho para mim mesmo 
Só não sabia que não conseguiria 
Porque as palavras escritas 
Fluem pelas veias como essência de vida. 

Um câncer toma conta da sociedade 
Preconceito latente de pessoas doentes 
Com corpos ocos infectados por vírus 
Dominadas pelas mentiras de loucos parasitas 
Destinadas ao abismo com eles. 

Pequenas fagulhas secretas são inventadas 
Com o objetivo de infectar as mentes inocentes 
São tão sutis e ínfimas 
Que não podem ser vistas se arrastando pelas esquinas 
Até que grudam no cérebro e o corrompe. 

Na correria frenética das grandes cidades 
Barulhos ensurdecedores e ruídos manipulados 
Gera um entorpecimento enfumaçado do ópio religioso 
Misturado ao caos político e econômico 
Que só pode culminar na paranoia que estamos presenciando. 

Quem são os ratos que se escondem nos becos escuros? 
Quem são as pessoas em seus gabinetes luxuosos? 
Quem são esses que fabricam suas inverdades 
E as soltam como grandes tentáculos 
No objetivo de alcançar o maior número de incautos? 

Nada é ficção neste momento 
Uma grande serpente segue engolindo o horizonte 
Um leviatã imenso paira sobre as metrópoles 
Está diante de nossos olhos e não conseguimos ver 
Porque nos falta a visão necessária do discernimento. 

Os paletós já estão sendo fabricados 
Uma nova jornada se apresenta diante dos orgulhosos 
Os gabinetes seguem sendo preparados 
Para receberem aqueles de olhos altivos 
Gerados da alucinação desenfreada da democracia. 

Um novo capítulo será escrito 
De uma história que não nos orgulhamos de contar 
Dos fantasmas pelos becos desérticos 
Que esmagam até os ratos que ousam sair de seus esconderijos 
Sem saberem que a imortalidade não está no coração deles. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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