Caminhantes de um tempo sobrenatural
Viajantes exaustos na beira do caminho
Vencidos pelo cansaço natural
Esperando uma força que não existe mais
Sonhos desfeitos que evaporam no anoitecer.
Quebrem as correntes do desconhecido
Esmaguem os cérebros incompetentes e narcisistas
Aplaquem a fúria dos brutamontes
Que protegem os colarinhos brancos
Nos palácios de governos corruptos.
Que a força esteja com você o tempo todo
Que não se deixe cair nas armadilhas mortais
Escondidas em lugares estratégicos
Para te prender em seus tentáculos
Assim que der um passo em falso e inocente.
Doenças incuráveis que assolam pessoas
Nas suas camas revindo a noite toda
Maquinando os planos de conquistas inefáveis
Porque precisam que haja um controle absoluto
Para prender todos aqueles que não querem pensar.
Lá se vão minhas prerrogativas
Meus discursos foram todos rasgados
Não permitem que eu fale a verdade que penso
Porque não querem que chamem muito a atenção
Então pedem o silêncio das palavras que aqui deixo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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