quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Ode ao destino

Nas margens sinuosas do rio 
Um olhar compenetrado 
Vislumbres de um tempo tão arcaico 
Que não se pode descrever 
Preso ao pensamento de quem se foi. 

Há uma busca pela eternidade 
Esperança de saber o caminho 
E não se sabe ao certo o destino 
Já traçado em tempos imemoriáveis 
Nas nascentes orválicas bem distantes. 

Existem fantasmas pelos becos 
Criaturas que emergem das águas 
Como se soubesse o que está escrito 
Nos corações solitários de indigentes 
Que estampam os seus destinos no olhar. 

A imortalidade não está a caminho 
Era isso que tanto desejavam 
E imaginavam em suas noites silenciosas 
Mas, o destino já de longe atento, 
Corrobora uma visão que não tem volta. 

Fale sobre a serpente no horizonte 
Bem longe de tudo que vimos 
Se não pode mudar seu destino 
Escreva sua história com esperança 
E faça tudo valer o momento único de saudades. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário