Um olhar compenetrado
Vislumbres de um tempo tão arcaico
Que não se pode descrever
Preso ao pensamento de quem se foi.
Há uma busca pela eternidade
Esperança de saber o caminho
E não se sabe ao certo o destino
Já traçado em tempos imemoriáveis
Nas nascentes orválicas bem distantes.
Existem fantasmas pelos becos
Criaturas que emergem das águas
Como se soubesse o que está escrito
Nos corações solitários de indigentes
Que estampam os seus destinos no olhar.
A imortalidade não está a caminho
Era isso que tanto desejavam
E imaginavam em suas noites silenciosas
Mas, o destino já de longe atento,
Corrobora uma visão que não tem volta.
Fale sobre a serpente no horizonte
Bem longe de tudo que vimos
Se não pode mudar seu destino
Escreva sua história com esperança
E faça tudo valer o momento único de saudades.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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