quinta-feira, 22 de abril de 2021

História de minhas calamidades

Triste lamento de um peregrino solitário 
Na caminhada pelo vale sombrio da solidão 
Sem esperança de ver outra vez a luz 
Que outrora aquecia e iluminava o caminho 
E isso rasgava-lhe o coração em pedaços. 
 
Parece um lamento sem sentido 
De lágrimas que escorrem durante a noite toda 
Mas é a simples rapsódia de uma história lida 
História de minhas calamidades atrozes 
Que esmagava um coração tão sofredor. 
 
Seria esse lamento uma lástima sentida 
Ou um desabafo interno tão intenso? 
Não se sabe ao certo o que acontece no escuro 
No submundo de uma alma corrompida 
Vozes que estralam no escuro do porão 
Quando a alma sente a necessidade absoluta 
De uma libertação definitiva rumo às nuvens. 
 
A história foi traçada de forma mal(dita) 
Escrita pelos guerreiros vencedores 
Que esmagaram os covardes agora derrotados 
Mas ouvia-se os brados de revoltas 
Desses derrotados que queriam contar o seu lado 
De uma narrativa totalmente diferente de tudo. 
 
Não era mais a história de uma calamidade 
Depois de refletir 
Decidi que era responsável 
Por uma nova história de superação! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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