quinta-feira, 1 de abril de 2021

Nos jardins secretos da alma

Foi numa noite de grande escuridão 
Que eu penetrei de forma profana 
Nos sagrados jardins secretos da alma 
Que escondia consigo os maiores mistérios 
Dos amores perdidos no tempo da solidão. 
 
Em meio ao solo tenebroso e irregular 
Eu pude ver as almas daqueles que lamentavam 
Os amores perdidos com o tempo 
Por causa de atitudes mesquinhas 
E decisões precipitadas que os fazem chorar. 
 
Amparado pelos braços seguros de meu guia 
Caminhava em meio as flores do jardim 
No silêncio das paisagens podia ver 
As borboletas com nomes eternos voarem 
E um sol de cor amarelada clarear o dia. 
 
Sabia eu que existia ali um jardineiro invisível 
Alguém que cuidava dos corações feridos 
Que regava as esperanças perdidas no tempo 
Fazendo surgir outras flores no lugar 
Que outrora arrancaram os brotos do amor sensível. 
 
Eu vi junto a fonte que a vida acalenta
Raios de esperança que rompiam à distância 
E levava além do horizonte distante 
Em seus braços iluminados pela luz 
O verdadeiro amor que a todos sustenta. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário