terça-feira, 27 de abril de 2021

O poeta é semelhante as nuvens

Ouço vozes que falam aos meus ouvidos 
Dizem que não ser ouvido 
Não é razão para me silenciar 
Mas, quem sou eu neste vasto universo 
Onde dor e sofrimento são sempre imutáveis? 
O poeta é semelhante as nuvens 
Desliza pelo infinito sem destino certo 
E quem poderá dizer que não tem razão 
Em acreditar em um mundo melhor? 
Não posso viver sem minha vida 
Não sou um pássaro que está preso 
Nenhuma rede pode me prender 
E não posso viver sem minha alma. 
O ser humano erra quando deixa de lutar 
Nunca busquei a felicidade 
Porque quem poderá imaginar os horrores 
Dos meus esforços secretos. 
Nossa festa chegou ao fim 
Tudo parecia tão perdido 
E sei que alguns nascem grandes 
Enquanto outros conquistam a grandeza 
Através de seus silenciosos esforços. 
Ninguém poderá impedir a minha jornada 
Quando decido o meu próprio caminho 
Espero que me dê sua mão 
E voe comigo os espaços secretos da alma 
Vamos para além do horizonte 
Ver as montanhas que nos esperam 
No destino final. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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