domingo, 13 de junho de 2021

Dias estranhos

Se não há certeza do que acreditar 
O caminho não poderia ter um fim 
A esperança foi a última companhia 
De quem desejava apenas seguir sozinho 
A jornada que tinha feito compromisso 
Na solidão de seus dias estranhos. 
 
Dias estranhos que nada sentia 
Nem o vento poderia ser mais brando 
Do que os pensamentos que insistia 
Fazê-lo se retrair no recanto sombrio 
De uma eternidade vazia 
No canto de sua melancolia agora silenciosa. 
 
Abre os olhos e não consegue ver 
Além dos sonhos que insistem em sonhar 
Quando está acordado na sombra 
Esperando o dia passar em sua lentidão. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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