quarta-feira, 16 de junho de 2021

O relógio do juízo final

Há uma grande explosão 
Uma nuvem de fumaça cobre os céus 
Agora cinzento-avermelhado, 
Assustador 
O barulho ensurdecedor 
E pessoas gritando pavorosamente 
Sem saber o que está acontecendo. 
Prenúncio de um fim anunciado 
O apocalipse Gafanhotos a solta 
Em meio ao tormento generalizado. 
Havia um aviso prévio 
Um relógio que badalava as últimas horas 
Silenciado pelo caminhar da humanidade 
Em seus afazeres cotidianos 
Ninguém se atentou para os sinais 
Rotinas 
Fugas intermináveis 
Vidas vivendo na mediocridade 
De mais um dia no mundo capitalista. 
Agora tudo se foi 
O relógio do juízo final 
Está destruído pelo chão 
Estraçalhado pelas pragas 
Pisoteado 
E ninguém mais está a salvo. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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