domingo, 15 de outubro de 2023

Nem um minuto de paz

No tempo que passa e nada faz sentido 
Perguntas martelam nossa mente 
Desafiam nossas expectativas 
E mostram nosso mundo em pedaços 
Com pessoas manifestando seus ódios 
Rancores milenares contra seus semelhantes. 

Se somos a imagem e semelhança do Criador 
Por que, então, não há um minuto de paz no mundo? 
Se viemos de uma mesma origem 
Por que há tantas etnias diferentes 
Querendo se matar 
Desejando extirpar as outras do planeta? 
Não se pode compactuar com as atrocidades 
Eu vou matar você porque você tentou me matar 
A lógica que não faz sentido. 

Qual é o lugar do planeta 
Onde não haja um conflito étnico, 
Ideológico ou religioso? 
A humanidade não tem nem um minuto de paz 
Todos estão ansiosos pela guerra 
Matar, matar, matar! 
Eis o lema da grande maioria 
Mata-se com balas 
Mata-se com armas químicas 
Mata-se com a fome, com vírus 
Mata-se com o cerco 
Matar, matar, matar! 

Quem está certo em uma guerra 
Guerra santa? 
Guerra justa? 
Que guerra justifica as barbáries cometidas contra crianças? 
Que guerra justifica estupros e violações de direitos básicos? 
O que justifica tirar a vida de outro? 
Territórios? 
Propriedades? 
Petróleo? 
Minérios? 
Ouro e diamantes? 
Parem todos vocês! 

Não há justificativa para esse derramamento de sangue 
Não há e nunca houve 
Todos estão errados 
Não se pode viver pensando em matar os outros 
Não se pode existir dessa maneira cruel 
O mundo não pode continuar assim 
Até que quando haverá essa monstruosidade no planeta? 

Tudo é destruído por causa das ambições humanas 
A fauna já está comprometida 
A flora já agoniza 
O clima está modificado de forma trágica 
O planeta pede socorro 
E a humanidade está em conflito com seu semelhante 
Com apenas um desejo no coração 
Matar, matar, matar! 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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