Centauro Nesso, na floresta, um ser que se moveu.
Metade homem, metade cavalo,
Majestoso em sua forma,
Um ser mítico, de força e graça
que a todos encantou no tempo.
Com corpo de equino e mente de humano,
Nesso era um ser único, com um destino insano.
Ele conhecia segredos das águas e das matas,
Um guardião das selvas,
Das veredas e das cascatas.
Mas Nesso também guardava em seu peito ardente,
Um amor proibido que o consumia incessantemente.
Pois a bela Dejanira, com olhos de lua e sol,
Roubou seu coração,
Deixando-o em um amor sem controle.
Ele tentou seduzi-la,
Com palavras e gestos ardentes,
Mas Dejanira resistiu,
Protegendo seu amor verdadeiro e inocente.
Nesso, desesperado, tramou um plano ardiloso,
Que selou seu destino e o da donzela gentil.
Com um manto envenenado, ele enganou a amada,
E a Dejanira inocente, encurralada,
Ficou enfeitiçada.
Mas Hércules, o herói valente,
Não deixou passar em vão,
A traição do centauro, e partiu para a ação.
Em uma batalha feroz,
Hércules venceu o traidor,
Mas Nesso, em sua vingança, causou dor e terror.
Seu veneno ardente se espalhou pelo corpo do herói,
E assim, o centauro Nesso
Teve seu destino derradeiro trágico.
Nas lendas e mitos, ele permanece imortal,
O centauro Nesso, ser complexo e tão fatal.
Um símbolo de paixões proibidas e traições,
Em seu nome, lembramos das lições das gerações.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Obs. Nesso. Mitologia Grega. Centauro que, tendo querido raptar Dejanira, mulher de Hércules, foi por este ferido com uma flecha envenenada pelo sangue da Hidra de Lerna. Antes de morrer, Nesso deu sua túnica a Dejanira como um talismã que deveria restituir-lhe o marido se ele se tornasse infiel. Hércules, quando a vestiu, sentiu dores tão violentas que, desesperado, atirou-se numa pira no monte Etra, deixando-se consumir pelo fogo.
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