Que arrasta a alma ao cais da solidão,
Num eco que ressoa o ser deserto,
E deixa o peito em dor, sem direção.
Teus passos são lembranças que deslizam,
Marcando a estrada que não sei seguir,
Meus sonhos, como folhas, agonizam,
E o tempo se recusa a não me iludir.
Tão breve foi teu riso em minha vida,
Tão longa a noite que ficou na escuridão,
Teu nome é chama em dor renascida.
E assim, em cada dia nessa ilusão,
Revejo em sombras a amarga ferida,
Daquilo que perdi, no meu triste coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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