sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Perder-te

 Perder-te foi um vento em mar aberto, 
Que arrasta a alma ao cais da solidão, 
Num eco que ressoa o ser deserto, 
E deixa o peito em dor, sem direção. 
 
Teus passos são lembranças que deslizam, 
Marcando a estrada que não sei seguir, 
Meus sonhos, como folhas, agonizam, 
E o tempo se recusa a não me iludir. 
 
Tão breve foi teu riso em minha vida, 
Tão longa a noite que ficou na escuridão, 
Teu nome é chama em dor renascida. 
 
E assim, em cada dia nessa ilusão, 
Revejo em sombras a amarga ferida, 
Daquilo que perdi, no meu triste coração. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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