quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Bastilha e utopia

A brisa corrupta do verão, 
Carrega o cheiro amargo da revolta, 
Enquanto a Bastilha grita de dor, 
Ecos de pedra e alma em derrota. 

Poucos a vislumbrar tempos simbólicos, 
Nas sombras de um futuro que ainda hesita, 
Alguns colecionando cabeças humanas 
E sorrisos falsos — máscara maldita. 

Será a utopia escrita no sangue? 
Ou apenas um sonho à deriva no mar? 
Ruas clamam por justiça e esperança, 
Mas o preço da verdade é difícil de pagar. 

Entre cinzas e fogo, nasce o amanhã, 
Num mundo que insiste em se reconstruir. 
A brisa do verão segue em sua dança, 
Corrompida, mas viva, a nos ferir. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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