domingo, 29 de dezembro de 2024

A chave do coração

Eu diria que tinhas a chave em mão, 
Mas nunca precisaste de tal poder; 
Teu toque suave, feito de emoção, 
Abriu-me a alma sem nada dizer. 

Nem tranca ou segredo pôde impedir 
A força serena do teu existir, 
E mesmo o que temo, ou tento esconder, 
Aos olhos teus vem logo a se render. 

Foste bem mais que a chave do coração, 
Foste o sussurro que aquece e desfaz 
A frieza do medo da solidão. 

Assim entraste, livre e sem sinais, 
Pois no meu peito nunca houve prisão, 
Só a espera do amor que dás e traz. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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