sábado, 28 de dezembro de 2024

Nas salas de justiça

Vidência é fogo que arde constante 
Nas projeções sem futuro da humanidade 
Na mente dos impuros e desorientados 
Que acreditam nas maiores besteiras 
Dos que desejam apenas enganar os tolos 
Que não procuram respostas nos livros 
E nas experiências de sábios antigos. 

A chave do mundo continua escondida 
Onde ninguém é capaz de suspeitar que esteja 
Porque a mente não pode ir além de seus limites 
Sem correr o risco de ter a cabeça estourada 
Com os mistérios que envolvem a existência 
E provocam a amnésia absoluta dos mortais 
O que acaba sempre ao dormir. 

Relíquias passageiras são aberrações 
Que escondem os mais nefastos pensamentos 
De pessoas que causaram o mal nas outras 
E desejam não comparecer no julgamento final 
Porque sabem que serão expostos para todos 
Os seus pensamentos mais secretos 
Que só de pensar já podem ser condenados. 

A podridão não pode ser escondida 
Sem que afetem as narinas saudáveis 
E alguns ainda insistem em querer esconder 
Suas artimanhas sórdidas planejadas na cama 
Onde maquinam uma forma de obterem vantagens 
E construírem os seus impérios do mal 
Em detrimento ao sofrimento de inocentes. 

Resquícios de mentiras há por todos os lados 
Como se não houvesse um amanhã 
E nem mesmo um julgamento final de todas as coisas 
E cada um caminha de cabeça erguida 
Como se não existisse uma colheita 
Onde tudo que foi semeado um dia será colhido 
E cada um irá receber o que tiver feito. 

Tempos utópicos e assustadores o que vivemos 
Com as carapuças sendo camufladas cotidianamente 
Nas suntuosas salas de justiça 
O que mais se contempla são as injustiças 
Feitas a revelia dos injustiçados pela vida 
Que servem de massa de manobra 
Para os que se acham acima de qualquer lei. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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