segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Tudo é tão estranho

No silêncio de uma sala vazia 
O pensamento insiste em buscar 
Uma luz que não existe ali 
E um sonho que não se pode sonhar 
Pelo caminhar de um trôpego 
Que não conhece o seu lugar. 

Tudo é tão estranho por aqui 
Apenas sorrisos escondidos nas máscaras 
De palhaços assustadores 
Vindos do espaço infinito 
Em busca de vidas que os façam sorrir 
Se não tudo acaba no vazio. 

Alguém falou que era fácil 
Que poderia ser feito no mesmo dia 
Só esqueceram de avisar aos intrusos 
Que a vida é mais difícil 
Quando não se tem alguém para lutar 
E o medo não faz sentido algum. 

Em algum lugar do universo 
Olhares atravessam a escuridão 
E contemplam o desespero de tolos 
Que acreditavam em deuses oniscientes 
Quando na verdade não passavam 
De outros tolos criados pelos homens. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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