terça-feira, 24 de novembro de 2020

Deserto


O deserto é ofuscante 
O sol queima minha pele 
E o calor ofusca a minha alma. 
Estou tórrido e desidratado 
E preciso de água para saciar minha sede. 
Quarenta dias de angustia 
Minha alma lamenta e chora 
A tristeza de não ver mais os teus olhos. 
As areias escaldantes 
Não permitem que meus passos prossigam 
E não existe sombra para eles. 
Ao longe contemplo seu vulto 
Na esperança de sua volta 
Caminho a passos lentos 
Em direção a miragem. 
Quero acordar desse sonho 
E viver a vida que me espera 
Além da longitude desse deserto. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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