quinta-feira, 8 de julho de 2021

Do fundo da alma

Sentiu o frio da solidão na madrugada fria 
O medo de estar sozinho com seus pensamentos 
E sabia que não poderia fazer mais nada 
Que amenizasse a sua desilusão tão profunda 
O coração parecia não querer obedecer 
A voz silenciosa da sua razão sempre tão alerta 
De que a ilusão dos amores secretos acontecem 
Quando não se espera mais nada do futuro. 
 
Do fundo da alma podia sentir a ausência 
De um amor que sempre estivera em seus pensamentos 
O olhar que o havia enfeitiçado não mais existia 
E nem o sorriso tão sedutor envolto em mistérios 
Poderia agora trazer sua felicidade de volta. 
 
Uma linha tênue havia sido ultrapassada 
O limite entre a dor e a razão que causa estranheza 
Entre o sonho e a realidade encontrava-se perdido 
Sem saber qual era o melhor caminho a seguir. 
 
Em silêncio deixou se cair sobre o chão frio 
Enquanto fechava os olhos para toda essa solidão 
O vazio que sentia na alma era atroz 
Como um barco solitário no meio do oceano
Podia ouvir o som do vento lá fora 
E sentir o frio da solidão em sua alma vazia 
Deixar-se-ia ser levado pela morte cruel 
De um amor que nunca deveria ter sentido no coração. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário