quinta-feira, 29 de julho de 2021

O que separa a alma do coração

Sinta o calor que emana de minhas mãos 
A sensação inexplicável das batidas do meu coração 
Todas as vezes que me aproximo de ti; 
Uma luz ilumina a escuridão da alma 
O vento toca silenciosamente nosso rosto 
E você sorri com os olhos mais lindo que um dia vi. 
 
É tão bom sentir o carinho 
Suas mãos acariciando os meus cabelos 
E o sussurrar de sua canção mais apaixonada; 
Os pensamentos voam sem direção certa 
Buscam nos sonhos mais distantes a certeza 
De que esse amor será para sempre a fonte de alegria. 
 
Nada pode escapar ao tempo da saudade 
As lembranças que tornam os dias suportáveis 
Depois que tudo foi desfeito com sua partida repentina; 
Uma miragem no deserto escaldante 
Não passa de mais uma projeção na mente 
Agora tão absorta em seus devaneios cotidianos. 
 
A distância que não pode ser percorrida 
É aquela que separa a alma do coração 
E apaga dos sonhos toda esperança de uma época; 
O tempo que teima em não apagar 
As lembranças mais profundas de um amor 
Que agora existe apenas no secreto do coração ferido. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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