sexta-feira, 3 de junho de 2022

Neuroses cotidianas

Motores e máquinas 
Trouxeram o apito das fábricas 
Dos trens 
As buzinas e as sirenes dos veículos 
E já não se ouve mais 
O trote dos cavalos 
Nem o trepidar das rodas das carroças... 
 
O mundo mudou repentinamente 
Tudo é frenético agora 
Impõem-se um ritmo mais acelerado à vida 
Em nome de um progresso 
De conquistas individuais 
Precisamos correr ruidosamente 
Se quisermos alcançar o futuro. 
 
O trânsito caótico, 
As relações humanas apressadas 
A poluição desenfreada 
São brutalidades difícil de vivenciar. 
 
O tempo e o espaço 
Passam em alta velocidade 
Contribuindo para a irritabilidade 
E as neuroses cotidianas da vida humana 
Deixando a pergunta solta no ar: 
Você se sente livre ao caminhar 
Pelas ruas da cidade? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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