Foi o destino
Me conduzindo pelos fios invisíveis
Que costuram os encontros inevitáveis.
A cada tentativa de fuga,
Era o seu nome que o vento sussurrava de volta.
Há coisas que nascem antes da vontade,
Antes da razão,
Antes mesmo de qualquer defesa.
Você é uma dessas coisas.
Uma raiz que brotou no meu peito
Sem que eu pudesse impedir.
Eu lutei.
Neguei.
Me escondi em silêncios profundos.
Mas no fim,
Era sempre o seu riso que iluminava as frestas
Por onde minha resistência escapava.
Não amar você seria como não respirar.
Como pedir ao rio que pare de correr,
Ao céu que abandone a cor azul,
Ou ao tempo que volte atrás.
Há destinos que se escrevem sozinhos.
O meu… tem o seu nome.
Entre todas as escolhas que tive,
A única impossível foi não te escolher.
Meu coração, teimoso e submisso,
Sempre soube:
Não há caminho longe de você.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário