Descobre que o eco é sua própria voz,
E nela, um mundo inteiro escondido.
Na ausência de todos,
Um espelho:
O silêncio revela o que os gritos escondiam.
A solidão não é vácuo,
Mas ventre.
Ali nasce o que em ti dormia.
Quando o mundo se cala,
Te escutas.
E, enfim, entendes o nome que nunca disseram.
Perdido entre sombras,
Teu próprio passo te guia.
E descobres que és estrada e viajante.
Tão sozinho,
Já não és um entre muitos,
És inteiro entre ecos.
Na solidão mais funda,
O susto:
Você ainda respira.
E é suficiente.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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