segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Os dias incontáveis de minha solidão

 
Nada parecia mudar o cenário 
De uma dor 
Tão sentida na alma 
Como feridas de uma cicatriz 
Que não se cura 
E eu a lamentar 
Os dias incontáveis de minha solidão 
Sem saber 
Onde direcionar os meus passos 
Depois de não mais ver 
O olhar 
Sedutor 
O sorriso 
Encantador 
Da musa nos meus pensamentos 
Uma saudade sem fim 
De um tempo que se foi 
Na fria madrugada 
Que nunca será esquecida 
Não chore não querida 
Se tudo foi desfeito 
Como as cinzas 
Espalhe-se pelo chão 
E chore 
No fundo nada disso existiu 
Só estava nos pensamentos 
De um pobre sonhador. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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