Deixou-se descansar
No primeiro banquinho que viu
Olhou para o espelho
(havia um bem na sua frente)
Os cabelos estavam soltos
O vento havia feito isso
Não importava mais
Agora só queria descansar
Sentia vontade chorar
Ao mesmo tempo que sorria
Nunca havia experimentado tal liberdade
Era tudo novo
E não sabia exatamente o que fazer
Não havia ninguém naquele jardim
A não ser as flores
(e o silêncio era tão bom)
Permitia conversar consigo mesma
Sem ser interrompida
(quase nunca isso acontecia)
E sorriu aliviada
Os pensamentos voavam como pássaros
O tempo, por outro lado, não passava
A noite logo chegaria
E poderia dormir em paz
(depois de muito tempo)
Uma coisa nova em sua vida
Agora o mundo é uma aventura
Uma nova jornada rumo ao infinito
Um sonho que parecia tão distante
Está ao alcance de suas mãos
Olha pela última vez no espelho
O semblante alegra revela tudo
A liberdade existe neste momento
E nada pode impedir
Então salta do banquinho
E segue a sua caminhada.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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