sexta-feira, 8 de abril de 2022

Trabalhador

O sofrimento do trabalhador parece não ter fim 
A luta diária contra o sistema exploratório 
Parece ser uma batalha perdida 
O trabalhador é sobrecarregado demais 
Explorado ao extremo de sua capacidade 
Que perde a esperança 
De um futuro que não seja exploração, 
Fadiga e sofrimento. 
O trabalhador tem medo demais do futuro 
E, por isso, não consegue desfrutar 
Das belezas da natureza 
E não vê os encantos da vida. 
Como enxergar a beleza da poesia nas flores 
Se os olhos estão cansados demais 
Da laboriosa lida dura da vida? 
A natureza é jovem e bela, 
As flores são lindas... 
Mas como ver tudo isso 
Se o trabalhador não tem tempo 
Nem mesmo de ver a luz do sol? 
Enclausurado em suas salas de trabalho 
Esquifes fechados em vida. 
Sabe ele que é insuficiente o que ganha 
Mas que não tem outra solução 
É preciso derramar o seu suor, e até mesmo o sangue, 
Se quiser ter o mínimo 
Que sirva para a sua sobrevivência ou de sua prole. 
O capitalismo selvagem 
Destruiu as chaves do cofre 
Onde se guardava o segredo da felicidade 
E ninguém mais está seguro neste mundo 
Onde impera a tirania do urgente 
Para ontem 
E o trabalhador que dê o seus pulos 
O sistema não para 
 E esmaga quem se detiver a sua frente. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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