segunda-feira, 11 de abril de 2022

Eu queria ir com as aves

Os pensamentos voam 
Viajam a imensidão do universo 
E procuram novos horizontes 
Apenas querem a sua liberdade 
Quando abro os olhos ainda estou aqui. 

Eu queria ir com as aves 
Voar para outras direções 
Sentir o vento leste 
Contemplar as montanhas oeste 
O frio no norte 
Mas quando acordo 
Ainda estou aqui. 

Lamentos e esperanças 
Andam de mãos dadas com o sentimento 
A busca pela liberdade da alma 
Os sonhos nas manhãs de primavera 
Se confundem com as incertezas 
Nas tardes quentes de verão. 

Onde andam os olhos daquela estrela 
Que brilhava em meus caminhos? 
Na encruzilhada da vida a perdi 
Como se perde a direção 
Quando se depara com caminhos incertos. 

E tudo não passa de ilusão 
Que desejamos nunca mais fechar os olhos 
Porque do outro lado 
Não encontramos nada mais 
Além da solidão 
Porque a liberdade 
 Nunca está ao nosso alcance. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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