terça-feira, 30 de agosto de 2022

Amnésia

Não lembra mais o que aconteceu? 
Pensas ser muito sábio 
Acredita em histórias de confabuladores 
Bufões que batem a sua porta 
Sanguessugas de animais peçonhentos 
Que vagam pela escuridão 
Espreitam os aposentos 
Causam calafrios em corpos doentes 
Jogados nas latrinas de banheiros públicos. 
 
Esqueceu as promessas de outrora? 
Tudo que jogaram em sua cara 
Discursos eleitoreiros 
Espantalhos absortos em suas missões 
Ludibriar os incautos 
Analfabetos políticos perdidos em suas redomas 
Proferindo palavras vãs 
Que transtornam as esperanças em sacrilégios. 
 
Perdeu a capacidade de pensar? 
Agora acredita em lobos 
Nos discursos prolixos proferidos pela turba 
Seguindo fielmente um mito 
Que vocifera palavras esdrúxulas 
Na perspectiva de levar consigo os fiéis 
Parte de um rebanho que segue cegamente 
Ideologias paternalistas de um tempo retrógrado. 
 
Seu cérebro foi arrancado do crânio? 
Acometido de uma amnésia profunda 
Não lembras-te dos discursos profanos 
Palavras proferidas nas madrugadas sombrias 
Nos templos agora profanados por hipócritas sorridentes 
Que tentam fisgar o maior número possível 
De pessoas desorientadas que perambulam por ai 
Como se não bastasse a tolice humana. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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