Não é um clamor sem sentido
É um clamor de dor
É um apelo à consciência
De quem pode me ouvir.
Não se pode conviver
Com essa insensatez
Que corrói como ácido
A estrutura do porvir.
É uma revolta
Por fazer parte desta geração
Que copia e não cria
Às páginas da história.
Sofrer não é querer
É uma anarquia
De mentes tardias
Que não têm memória.
Há uma solidão em mim
Não um medo
De alcançar o infinito
Do meu sentimento.
E no meu caminhar solitário
Choro as dores
De quem não pode
Ter isso no pensamento.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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