quinta-feira, 18 de abril de 2024

A trágica paixão de Sansão

Em tempos bem antigos, 
Na terra de antigas areias, 
Uma história de amor e dor, 
Em tragédias tecidas, no espreitar da serpente 
Sansão, um herói, forte e destemido, 
Se rendeu aos encantos de um amor ardente. 
 
Seus olhos se cruzaram 
Com uma beleza divina, 
Dalila, cujo sorriso brilhava 
Como estrelas cristalinas. 
Em seu doce abraço, Sansão encontrou paz, 
Mas desconhecia o destino que lhe aguardava, tão voraz. 
 
Os laços do amor 
Os uniram em ternura, 
Mas Dalila, com astúcia, 
Escondia segredos em sua doçura. 
Seduzindo Sansão, ela descobriu seu segredo, 
O poder em sua força, que era sua maior armadura. 
 
Com traição nos lábios 
E um coração cruel, 
Dalila entregou Sansão aos inimigos, 
Esse era o seu papel. 
Cegado pela paixão, ele não viu o laço se apertar, 
E em sua queda, a tragédia veio o encontrar. 
 
Os filisteus o prenderam, 
Sua força foi debilitada, 
E seus olhos vazios 
Refletiam a jornada malograda. 
Mas em seu último suspiro, uma súplica ao céu ergueu, 
Pedindo forças para vingar o que lhe aconteceu. 
 
Na sua partida, 
Sansão encontrou redenção, 
Seu amor foi sua ruína, 
Mas também sua sincera oração. 
A paixão cega pode levar ao abismo mais profundo, 
E mesmo os mais fortes sucumbem 
Quando o coração é moribundo. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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