quinta-feira, 19 de setembro de 2024

O clamor da Terra

Ouça o grito da terra, aflita, 
Que em silêncio pede proteção, 
Seu verde se apaga, a vida se agita, 
Sufocada pelo peso da destruição. 
 
Os rios antes tão puros, brilhantes, 
Agora carregam o lamento das águas, 
Onde a vida fluía livre e constante, 
Hoje luta em correntes muito fracas. 
 
O céu que já foi azul infinito, 
Carrega nuvens pesadas de dor, 
Como lágrimas que o vento recita, 
Chorando por todo o seu esplendor. 
 
A floresta que canta em sussurros calados, 
Tem suas árvores caindo ao chão, 
Cada tronco é um sonho arrancado, 
Um adeus ao nosso único pulmão. 
 
Mas ainda há esperança, um novo amanhecer, 
Se juntos cuidarmos do que é sagrado, 
O futuro pode renascer, 
Em um planeta mais forte e renovado. 
 
Que nossa preocupação vire ação, 
Que nossas mãos sejam sementes do bem, 
E que a Terra, nossa casa em comum, 
Resplandeça em paz mais uma vez, amém! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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