Numa dança de sons e silêncios,
Mas o que escorre dos meus lábios
Parece não tocar o chão do teu entendimento.
Minhas palavras são pássaros,
Voam leves, sem direção,
Mas para ti são nuvens distantes,
Perdidas na vastidão.
Cada frase que construo
É um labirinto de sentidos,
Mas teus olhos me olham vazios,
Como se eu fosse um mistério não resolvido.
Não te culpo por não entender,
Pois há tanto que se perde no ar.
Às vezes, sou eu quem não sabe
Se o que digo faz sentido ou é só brisa a passar.
Quem sabe, um dia, minhas palavras
Encontrem solo fértil em teu coração,
E o que hoje é incompreensão
Floresça em plena comunicação.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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