segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Frankenstein

A imaginação é uma criatura selvagem 
Que ameaça sempre o que é real 
Mostra que a realidade muitas vezes 
É mais cruel que o pensamento 
Porque destroem todos os sonhos possíveis. 
 
A criatura que deita do outro lado da porta 
Reside com uma horda de deuses 
Que desejam arrancar a sua pele. 
E no alto de uma plataforma um pseudo líder 
Proclama inverdades de forma aleatória 
Para milhares de seguidores desatentos. 
 
O que sabemos sobre a vida e a morte? 
Quem pode dizer abertamente 
Que sabe alguma coisa mais do que eu e você? 
Tudo se torna um mistério 
Difícil de ser desvendado 
Porque não enxergamos nada 
Além do que nossos olhos conseguem ver 
E existe muito mais coisas 
Do que a nossa pequena mente conhece 
E está preparada para saber. 
 
Ondas elétricas assustam  
Os ratos que desfilam pelos fios  
Camudongos ameaçadores  
Podem não fazer nenhum mal  
Mas nunca saberemos.  
 
Como poderemos lidar com nossa estranheza 
E com nosso desequilíbrio onipresente? 
Esse mundo construído por ideias 
Algumas tão absurdas que não se pode acreditar 
Que ainda ganhem adeptos nos dias atuais 
De tão estapafúrdias que são. 
 
Não pense que a vida é um mar de rosas 
Nunca foi e nunca será para ninguém 
Se quiser vencer na vida tens que lutar 
Lutar contra monstros e fantasmas 
Na grande arena do destino que fomos lançados. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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