Quando os passos são lentos e o horizonte distante,
Pois é no fardo das horas difíceis
Que o espírito se ergue, valente e constante.
Agradeça o nó na garganta apertado,
O frio na alma, a dúvida que invade,
Pois é no confronto com seus próprios medos
Que floresce em você a verdadeira coragem.
Agradeça a chuva que molha o caminho,
Os tropeços que ferem e o chão que cede,
Pois a força não nasce de estradas lisas,
Mas no solo quebrado que a alma precede.
Agradeça o tempo que parece eterno,
Os dias em que a luz insiste em faltar,
Pois é no silêncio de uma longa espera
Que a fé se constrói e aprende a brilhar.
É no caos do processo que o ouro é moldado,
Na dor da mudança que a vida renasce.
Por isso, agradeça os espinhos da estrada:
É ali que você cresce, é ali que você se faz.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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