domingo, 19 de janeiro de 2025

O peso do adeus

Há um fardo em viver sem despedida, 
Um nó que aperta o peito e não desfaz. 
A saudade é o eco de uma vida 
Que se perde entre sombras, nunca mais. 

Nos olhos, um adeus que não se explica, 
Na boca, a palavra que se cala. 
A dor, tão insistente, se multiplica, 
E em silêncio, o tempo nos embala. 

Quem não aprende a arte de partir 
Carrega as distâncias como cruz. 
O passado é um sol a se extinguir, 

Mas deixa no crepúsculo sua luz. 
E assim seguimos, presos ao que queremos, 
Temendo o fim, guardando o que sofremos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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