domingo, 5 de janeiro de 2025

Abraço o vento que me guia

Eu pretendo levar a vida, 
Deixar que o vento da aurora, 
Sopre e leve as dores já vividas, 
Com as lembranças de outrora. 

Pois chorando, 
Se esvai a essência dos dias, 
E o tempo, impiedoso, 
Leva as cores das alegrias. 

Eu vi a mocidade perdida, 
Num lamento que ecoava no vazio, 
Mas renasci ao perceber 
Que há luz até no desafio. 

A sorrir, ergo o rosto ao sol, 
Abraço o vento que me guia, 
Pois cada lágrima caída, qual farol, 
É terra fértil para a alegria. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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