Deixar que o vento da aurora,
Sopre e leve as dores já vividas,
Com as lembranças de outrora.
Pois chorando,
Se esvai a essência dos dias,
E o tempo, impiedoso,
Leva as cores das alegrias.
Eu vi a mocidade perdida,
Num lamento que ecoava no vazio,
Mas renasci ao perceber
Que há luz até no desafio.
A sorrir, ergo o rosto ao sol,
Abraço o vento que me guia,
Pois cada lágrima caída, qual farol,
É terra fértil para a alegria.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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