sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Na penumbra do silêncio

As incertezas dominaram-me 
Sem deixar-me uma saída, 
E na penumbra do silêncio 
Achei a dor tão conhecida. 

Os sonhos de longas noites 
Acalentavam minha vida, 
Mas ao despertar, rasgavam-se 
Nas sombras frias da lida. 

Em cada passo, o abismo, 
Um eco, um grito, um não. 
Carrego a busca incessante 
Que me pesa o coração. 

Mas eis que a aurora espreita 
Com seu toque de calor, 
E nas cinzas do meu medo 
Brota um lume promissor. 

Se as incertezas cercarem, 
Hei de enfrentá-las, altivo. 
Pois é no caos que se esconde 
A essência de se estar vivo. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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