sábado, 18 de janeiro de 2025

Estranhas divagações

Insidiosa maneira de ver o mundo 
Na íris dos olhos arrancados 
E nos escalpos carregados nos ombros 
Tal como faziam os antigos 
Vendedores de alhos gritando pelas ruas 
Os andarilhos do tempo 
Ecoam suas maldições nas redes sociais. 

O amaldiçoado rei não tem pai 
Nem mãe para perturbar os seus filhos 
São as escórias de uma sociedade em ruínas 
E respiram o mesmo ar que nós 
Poluindo as narinas dos que tentam 
Sobreviver em meio ao caos 
Sem perceberem a fatalidade horizontal. 

O que expresso aqui é uma ode ao destino 
Um diálogo comigo mesmo 
Para dissipar as estranhas divagações 
Que me ocorrem invariavelmente 
Todas as vezes que vejo esses ultrajes 
A derrocada do tempo 
Nada mais é do que o desespero humano. 

Me falaram que viram perambular 
Fantasmas pelos becos desérticos 
De lugares insalubres que não se pisam 
Sem correrem o risco terrível da morte 
Mas mesmo assim eles insistem 
Percorrerem as casas abandonas no tempo 
Na esperança de renascimento. 

Desculpe-me a sinceridade do pensamento 
Mas é preciso ir além do óbvio 
Do que é filtrado pela sociedade 
Para manipulação da maioria absoluta 
Que perambulam como ovelhas doutrinadas 
A seguirem um ritual esdrúxulo 
 Que contamina as mentes dos ingênuos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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