Um sussurro que dança entre sombras e lembranças.
O relógio marca o tempo, mas não acalma a espera,
E a noite se alonga em vazios e esperanças.
As paredes guardam segredos, sorrisos desfeitos,
O cheiro da tua pele ainda mora no ar.
Mas já não há passos, nem risos, nem beijos,
Só a saudade insistente a me acompanhar.
O vento espreita a cortina, como quem chama,
Mas tua voz não vem com a brisa da rua.
Apenas o silêncio, frio e sem coração,
Abraça meu peito, onde a alma ainda és tua.
E assim sigo só, nesse espaço sem cor,
Onde cada canto te guarda em eterna memória.
O silêncio é um grito, um eco de dor,
E a saudade, esse verso que conta nossa história.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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