Hoje se desfez como névoa no ar,
Não há mais eco do que perdi,
A dor se foi,
Não sou mais o mesmo neste lugar.
O tempo curou as marcas, os ais,
O vazio antes imenso se preencheu,
Aprendi a viver sem os antigos finais,
E o que era sombra,
Agora é luz que se acendeu.
Já não sou prisioneiro de um passado distante,
As lembranças são apenas uma tela,
Onde o retrato se esmaece, mas é constante,
E a saudade se foi,
Como quem nunca se revela.
Hoje eu respiro em paz, sem a falta,
Sem a ansiedade de um amor que se perdeu,
A saudade, que um dia foi exata,
Agora se dissolve em silêncio,
Do amor que tristemente morreu.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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