quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A saudade que já não sinto mais

 A saudade que eu já senti, 
Hoje se desfez como névoa no ar, 
Não há mais eco do que perdi, 
A dor se foi, 
Não sou mais o mesmo neste lugar. 
 
O tempo curou as marcas, os ais, 
O vazio antes imenso se preencheu, 
Aprendi a viver sem os antigos finais, 
E o que era sombra, 
Agora é luz que se acendeu. 
 
Já não sou prisioneiro de um passado distante, 
As lembranças são apenas uma tela, 
Onde o retrato se esmaece, mas é constante, 
E a saudade se foi, 
Como quem nunca se revela. 
 
Hoje eu respiro em paz, sem a falta, 
Sem a ansiedade de um amor que se perdeu, 
A saudade, que um dia foi exata, 
Agora se dissolve em silêncio, 
Do amor que tristemente morreu. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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