Um punhado de poeira
Girando no escuro,
Sem pressa, sem culpa,
Sem saber que existo.
Eu penso nisso vezes demais.
No peso invisível do tempo,
Nas raízes que racham o chão,
Na chuva que molha e some,
No vento que passa sem nome.
A terra é só a terra,
E eu sou só alguém
Que olha pra ela e se pergunta
Se há sentido ou se há nada,
Se sou raiz ou se sou poeira
Girando no escuro também.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário