Nada havia mudado naquela rua de chão coberta de cascalho desde o dia em que ali tinha estado pela última vez.
Olhei para a pequena árvore que deixava folhas pelo chão e lembrei-me de sua silhueta exuberante.
Ainda era possível sentir o aroma peculiar de seus lábios e, mais incrível ainda, ouvir as batidas do seu coração.
Claro que me lembrava dos seus lindos olhos castanhos e do mistério que eles escondiam em si.
O sorriso, tão encantador como o por do sol da primavera, também vinha a lembrança neste momento.
Todas essas lembranças passam na minha mente como na tela de cinema e faz meu coração palpitar.
Agora sinto uma angústia apertá-lo e uma saudade sem fim esmagá-lo sem piedade.
Na linha tênue do tempo eu a perdi e nem mesmo sei onde estão os teus passos neste momento.
Olho outra vez para o nosso cantinho de amor e registro em meu diário as lembranças inesquecíveis desta paixão.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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