Faz silêncio por onde ando
E não ouço nada de perturbador
Como os monstros que via naqueles olhos.
Não ouço mais o vento
Nem vejo folhas sendo carregadas de um lado para outro
Na minha cabeça a tristeza
No coração a indagação:
Por que tudo se acaba com o vento?
E não faz sentido a minha pergunta
Quando ninguém está nela interessada.
Continuo andando sozinho pelo mundo
Mas é onde consigo ver as pequenas coisas
As fragilidades que destruíram tudo a minha volta.
Nem preciso caminhar
Apenas deixar-me descansar nas sombras
Tentando ver além das nuvens
Onde foi que errei tanto assim.
Agora não adianta lamentar
Nem mesmo tentar esconder-me dos seus olhos
Tudo se perdeu na tempestade
A saudade de uma vida
Levada pelo vento.
Estou só e não vejo mais nada
Quando tudo é coberto pela escuridão da noite
Da última noite que ainda me lembro.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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