Pensava sempre com seus botões
Nada mudava com o tempo
Apenas a existência vazia
Fantasmas que sorri para o futuro.
A brisa corrupta da podridão
Provoca náuseas nas narinas
Espirros congestionados espalham vírus
Poucos sobreviventes a este século
E a violência escancarada nas ruas.
Revelações onde quer que vá
Contam histórias macabras de heróis
Símbolos de um tempo sombrio
Que não estão nas revistas em quadrinhos
Mas espalhados pelas vielas da cidade.
Talvez ai esteja a soberba do mundo
O lugar mais sombrio da existência
Onde não se ouve o choro das crianças
Nem o lamento das que amamentam
Porque tudo já se passou com o tempo.
Tempos utópicos ou seria distópicos
De um pessimismo romântico tolo
Cheio de sacos com ossos triturados
De gente destruída num piscar de olhos
Por não se adequar a essa realidade.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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