segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Nas fornalhas do pecado

Irascível e fulminante 
Como se soltasse fogo pelas ventas 
Dragões da impunidade 
Nos escombros das antigas ruínas 
Que permanecem intocadas pelo tempo. 

Esconde a sua indignação 
Não lamentas os infortúnios 
E prefere permanecer no silêncio 
Depois de tantas falsas promessas 
Isso é o melhor que pode fazer. 

Começa sempre por dentro 
É onde permanece a alma inquieta 
Onde o vento leva as cinzas 
Nas fornalhas do pecado 
Que atormenta os apaixonados. 

Como uma pequena chama 
Lentamente vai crescendo 
Tronando-se um fogo voraz 
Que permeia todos os pensamentos 
E deixa a alma ainda mais inquieta. 

A paixão que desperta o olhar 
No coração de quem nunca sentiu 
É como o fogo a devastar a campina seca 
Tem início com uma pequena fagulha 
Até destruir uma grande floresta. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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