domingo, 22 de janeiro de 2023

As misteriosas engrenagens da vida

São muitas as perguntas no pensamento 
Quase todas sem resposta alguma 
Apenas as incertezas da vida 
Lembranças talvez 
Memórias que se vão com o tempo 
E mais perguntas na mente 
Por que isso acontece comigo? 
Sei que não tenho as respostas 
Mas, sei também, que ninguém tem 
Porque o mundo é assim 
Um lugar confuso para muitos 
Incerto para alguns 
Tenebroso para outros 
Apenas a vida segue o seu curso 
Sem preocupação com respostas 
Dúvidas é o que carregamos 
Quando vemos algo que nos incomoda 
Que tira nossa paz 
Que vai contra o senso comum 
E nada parece fazer sentido algum. 
Gritos opacos nas vielas 
Vozes silenciadas nas madrugadas 
Música alta nos ouvidos 
Enquanto dançam a dança da morte 
Nos rituais da desilusão 
No tempo que se vai sem razão 
Para onde o vento leva 
E os pensamentos continuam a martelar 
As incertezas da vida 
As inquietudes da alma 
No silêncio das tardes e manhãs seguintes 
De onde nada escapa ao furor 
Dos que nada tem a perder 
A não ser a razão de viver. 
Faça silêncio que quero pensar 
Abram caminhos que quero passar 
Não importam as perguntas que fazem 
Não haverá respostas suficientes 
Para acalmar quem quer que seja 
E todos seguirão o seu caminho 
Como animais ao matadouro 
Porque é assim que funciona 
As misteriosas engrenagens da vida. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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