Quase todas sem resposta alguma
Apenas as incertezas da vida
Lembranças talvez
Memórias que se vão com o tempo
E mais perguntas na mente
Por que isso acontece comigo?
Sei que não tenho as respostas
Mas, sei também, que ninguém tem
Porque o mundo é assim
Um lugar confuso para muitos
Incerto para alguns
Tenebroso para outros
Apenas a vida segue o seu curso
Sem preocupação com respostas
Dúvidas é o que carregamos
Quando vemos algo que nos incomoda
Que tira nossa paz
Que vai contra o senso comum
E nada parece fazer sentido algum.
Gritos opacos nas vielas
Vozes silenciadas nas madrugadas
Música alta nos ouvidos
Enquanto dançam a dança da morte
Nos rituais da desilusão
No tempo que se vai sem razão
Para onde o vento leva
E os pensamentos continuam a martelar
As incertezas da vida
As inquietudes da alma
No silêncio das tardes e manhãs seguintes
De onde nada escapa ao furor
Dos que nada tem a perder
A não ser a razão de viver.
Faça silêncio que quero pensar
Abram caminhos que quero passar
Não importam as perguntas que fazem
Não haverá respostas suficientes
Para acalmar quem quer que seja
E todos seguirão o seu caminho
Como animais ao matadouro
Porque é assim que funciona
As misteriosas engrenagens da vida.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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