sábado, 14 de janeiro de 2023

Fria era a compaixão que podia esperar

Nem um sorriso mesmo que disfarçado 
Nem o olhar ameaçador 
Tudo havia sido desfeito com o tempo 
As promessas varridas para longe 
E apenas a solidão podia ser sentida. 

O tempo havia passado muito depressa 
Os sonhos transformados em pesadelos 
E ninguém parecia importar 
Quando os sentimentos afloravam da alma 
E escorria em lágrimas escondidas. 

O amor que parecia tão verdadeiro 
Não passara de uma falsa sensação 
A saudade agora era tão presente 
Que arrebentava o triste coração em pedaços 
Como se fora apenas algo sem valor. 

Por mais que desejasse ser lembrado 
Fria era a compaixão que podia esperar 
De alguém que já não tinha sentimento 
De alguém que caminhava em sentido oposto 
Para uma nova e incerta jornada. 

O que resta ao coração dilacerado 
É olhar para o horizonte e desejar 
Que o tempo possa ser ser amigo e apagar 
Toda dor que hoje estraçalha sua vida 
Para que tenha o alento de uma nova esperança. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário