quinta-feira, 13 de abril de 2023

Nebulosa

Distante e imperceptível 
Obscuro olhar indecifrável 
No alvorecer de um novo dia 
A provocar uma tal nostalgia 
Que não pode ser comparada 
Apenas sentir não é suficiente 
Se não há uma percepção plausível. 

Antes de findar o dia 
As cores que se desfaz com o sol 
É um prenúncio do que será 
Nebulosa forma de ser 
No pensamento incapaz de reconhecer 
O que o futuro nos reserva 
Quando não se pode abrir os olhos. 

A noite cai silenciosamente 
Tudo dorme o sono dos anjos 
E não se pode ouvir os passos 
Há sempre alguém que rompe a inércia 
Que vai além dos pensamentos 
Entre a escuridão e a luz 
Pode haver um lugar de sobrevivência. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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