terça-feira, 4 de abril de 2023

Confusão nas cabeças perdidas

 Onde estão as bases de todo um saber?
Das ideologias de quem deseja acreditar 
Que possa haver novas ideias 
De coisas que não possam esquecer 
Juventude perdida em um curto espaço de tempo 
Presos nas ciladas temporais 
Por causa de escolhas banais sem sentidos. 
 
Política, sociedade e religião 
Confusão nas cabeças perdidas 
Cada um defende o seu direito ao deserto 
Como se fosse algo perturbador 
Que assustasse de tal maneira a imaginação 
Onde cada um se safa a sua maneira. 
 
Como bandos de cachorros selvagens 
Perambulando pelas ruas cheias de lixo 
Sem orientação e, também, sem razão alguma 
Jovens envolvidos com os entorpecentes 
Desviados de suas rotas naturais 
Que se perdem em meio as emoções feridas. 
 
Essa turba que por ai marcham 
Envoltos em suas fúrias incontidas 
Precisam esquecer a sua angústia 
De que ninguém lhe dá a devida importância 
E, na verdade, isso não importa mesmo 
Porque a maioria estão fadados ao fracasso 
Esquecidos pelas mentes brilhantes. 
 
Por acaso alguém tem razão em reclamar 
Do que acontece com a humanidade? 
Se todos são culpados das piores atrocidades 
Ninguém pode reclamar para si a inocência 
Porque não há ninguem inocente nesta vida 
Quando morrem perdem-se com os demais. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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