sábado, 25 de novembro de 2023

Amor acorrentado

Num cárcere de afeto, o coração 
Encerra um amor, prisioneiro ardente, 
Entre as grades da saudade, o presente 
É testemunha muda da solidão. 

Nas paredes do peito, a emoção 
Pulsa como um pássaro inquieto, ciente 
De que o destino é, por vezes, ausente, 
Deixando a alma em busca de redenção. 

Ah, esse amor que vive acorrentado, 
Inunda a alma de sonhos não vividos, 
Sufoca suspiros, fica calado. 

Mas, mesmo aprisionado e reprimido, 
Segue pulsando, como um fogo sagrado, 
Num eterno canto de amores perdidos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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