quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Lugares que juntos pisamos

Na trama dos dias, onde o tempo se esconde, 
Uma saudade profunda, como fio que não responde. 
É amor que se tece nos instantes idos, 
A tristeza se aninha, em suspiros perdidos. 

Nas noites estreladas, onde o céu se derrama, 
A saudade se faz estrela, uma chama que clama. 
É o eco de risos que o vento carregou, 
Na memória, o perfume daquela que se amou. 

No peito, um vazio, um espaço que dói, 
A ausência palpável de quem já se foi. 
Amor profundo, raiz que persiste, 
Por quanto tempo essa lembrança triste? 

Caminhar pelos lugares que juntos pisamos, 
Entre sombras e luzes, onde nos encontramos. 
O coração aperta, a saudade apunhala, 
Na dança da vida, a ausência se embala. 

Mas no pranto da saudade, há beleza escondida, 
É a história de amor que não foi esquecida. 
No profundo do peito, a chama persiste, 
A saudade que dói, o amor que resiste. 

Nas entrelinhas do tempo a correr, 
Guardamos a saudade, como forma de viver. 
Pois no tecido da alma, o amor não se desfaz, 
E na saudade que dói, encontramos certa paz. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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