Uma saudade profunda, como fio que não responde.
É amor que se tece nos instantes idos,
A tristeza se aninha, em suspiros perdidos.
Nas noites estreladas, onde o céu se derrama,
A saudade se faz estrela, uma chama que clama.
É o eco de risos que o vento carregou,
Na memória, o perfume daquela que se amou.
No peito, um vazio, um espaço que dói,
A ausência palpável de quem já se foi.
Amor profundo, raiz que persiste,
Por quanto tempo essa lembrança triste?
Caminhar pelos lugares que juntos pisamos,
Entre sombras e luzes, onde nos encontramos.
O coração aperta, a saudade apunhala,
Na dança da vida, a ausência se embala.
Mas no pranto da saudade, há beleza escondida,
É a história de amor que não foi esquecida.
No profundo do peito, a chama persiste,
A saudade que dói, o amor que resiste.
Nas entrelinhas do tempo a correr,
Guardamos a saudade, como forma de viver.
Pois no tecido da alma, o amor não se desfaz,
E na saudade que dói, encontramos certa paz.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário