quarta-feira, 22 de novembro de 2023

No porão úmido e esquecido

No porão úmido e esquecido, onde o tempo desacelera, 
Entre sombras densas e memórias perdidas, a espera. 

 No limiar da eternidade, onde o silêncio reina, 
O passado se entrelaça com o presente, numa dança insana. 

 As paredes sussurram segredos, ecoando saudades, 
Enquanto o ar pesado respira histórias, carregado de inverdades. 

 No escuro, a nostalgia se manifesta na luz incomum, 
Uma lembrança perdida, um suspiro que flutua no vácuo sem fim. 

 A poeira dança em câmera lenta, capturando momentos idos, 
Enquanto a melancolia se desloca na velocidade da luz, em sentidos. 

 Os objetos esquecidos ganham vida na penumbra, 
Como espectros do passado, buscando respostas na sombra. 

 O tempo, ali, é um espectador imparcial, 
Enquanto a saudade percorre os corredores, sem ser casual. 

No porão, o relógio da existência marca passagens, 
E a alma, imersa na melancolia, tece suas próprias viagens. 

Na fronteira do etéreo, onde as lágrimas secam devagar, 
A saudade se torna um fio condutor, conectando o aqui ao lá. 

No porão úmido e esquecido, o passado ressurge, 
E a saudade, na velocidade da luz, ao infinito converge. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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